Dia 22 de Agosto 2024 foi dia de lucta.
De manhãn, estou eu no café pacificamente, apparece-me a guarda: o Sérgio Saúde e o Saúde. O que queriam elles? Tractar-me da saúde! Levando-me para o manicómio para levar a injecção dos judeus do costume. Disse-lhe que não ia. Uma senhora que estava sentado ao meu lado diz que era melhor levar, que me fazia bem. E eu fiquei a pensar, não podia tomar à força outra coisa que me fizesse bem, como uns pastéis de nata, por exemplo?
Resisti e começou a lucta com os cabrões da bófia. Chamei-os de todos os nomes, de filho da mãe para cyma. Mereceram porque são uns bezerros cynicos – sabem muito bem que estão a commetter crimes – e cobardes que não têem coragem de fazer guerra às suas chefias – só para pedir aumentos salariaes, os chulos... O dia começou bem, com um escândalo na aldeia. O Paulo Rangel, a segunda bicha mafiosa – depois do Sócrates – deu as suas instrucções.
Levaram-me a Évora, e fui visto pelo psychiatra Diogo, e a sua namorada, uma fedelha duma gaiata que está sempre com elle a decidir por elle (pelos vistos elle ainda não percebeu que quando a Eva dá a maçã ao Adão, elle acaba por ser expulso do Eden). Já os tinha visto noutra occasião, e expliquei-lhes que este caso é político, pilotado desde Lisboa. De nada fez. São obtusos e obrigaram me a levar a vaccina.
Aproveitei para pedir pelo meu amigo Galhofas, internado na psychiatria há oito meses. Dizem os bandidos que o querem pôr num lar...
Também pedi quem era o chefe da psychiatria. É a Sophia Charro. Conheço esta médica e já tive que lidar com ella. Há tempos tinha-me zangado com ella, quando me quis pôr uma aberração volumosa no corpo. Tínhamos fallado melhor, e ella tinha decidido uma solução mais pacífica: internar-me sem medicação para observação. Na altura, tinham mudado rapidamente de posição, forçando-me a retomar os tractamentos e injecções, sem sequer me fallar para saber como tinha corrido o internamento. Pensava que a Sophia era uma subordinada de Évora, desacreditada pelo chefe da psychiatria, depois das pressões de Lisboa. Na verdade, é ella a chefe em Évora. Portanto deve ter recebido um telephonema daquelles que mettem medo, para mudar de ideia tão depressa. Relembro que expliquei a esta doutora tudo por tintim, que o caso tinha começado de forma manhosa e política por causa de antecedentes no 25 de Abril, e ella deu-me confiança. Se agora começa a perseguir-me, é porque decidiu vender-se ao demónio, porque tem cagufa. É com ella.
Sahido do hospital, fui à Câmara de Évora. Pedi um encontro com o Presidente. Vou-lhe fallar se a occasião se apresentar da necessidade de preservar o Convento do Carmo, e de devolvê-lo à Sancta Egreja.
À tarde, fui ver o Galhofas ao internamento psychiátrico. Tivemos a conversar. Não está num estado que exija ir para um lar de idosos, não está impotente. Tive a tentar perceber o que levou ao seu internamento. È difícil, porque elle tem dificuldade em exprimir-se. Mas cada vez mais me convenço que há marosca no concelho, coisas patrimoniaes, coisas de advogados corruptos, e que elle é victima disso, tendo levado a sua vida a descambar. Não haverá cumplicidades tácitas ou efectivas dos notáveis do concelho na sua detenção abusiva? Perguntar não offende.
Também está lá o Bucha de Bencatel, exmagado pela medicação...
Logo a seguir houve confusão (não estava previsto). Pedi às enfermeiras quem era o advogado officioso do Galhofas, não me quiseram dizer. Pedi para fallar com um responsável, não quizeram. Ahi subiu-me a mostarda ao nariz. Disse-lhes que não sahia dali enquanto não me dessem a informação (o que é que estas vacas sádicas andam a esconder, para não se poder ajudar um amigo?), e desafiei-as a chamar a segurança e a polícia.
Quando ella veio, lancei-me ao chão e fiz de morto, para lhes dar trabalho. Houve uns bons minutos de resistência, mas no final pegaram em mim, amarraram-me e levaram-me de ambulância para o Espírito Sancto. Com insultos e ponctapés pelo meio. Chegado ao ES, quem me atende? O casalinho de namorados! Foi bom porque me arranjaram uma ambulância de volta para a aldeia.
Foi divertido. Um dia bem passado. Mas cansativo. É chato lidar com essa gente, são todos uns talhantes, lidam com carnes, se tiverem que cortar um braço ou uma perna cortam. Francamente, mais toscos que os pretos que conheci na Guiné.
Faço uma e uma só interpelação à Dra Sophia Charro: que tire os vidros da varanda da sala de estar do manicómio, e que ponha um gradeamento, para os utentes terem accesso ao ar fresco.
Conclusão:
Vou ter mesmo que accelerar com essa gente.