quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Filioque e Maria



O Israel Adam Shamir, um christão orthodoxo que vem do judaismo, e que aspira à reconciliação dos christãos, diz que o problema principal é o "filioque" do Credo. 

O Laurent Guyénot, que alem das suas investigações sobre os judeus, costuma fallar do "Imperio" e do Papado defende, salvo erro, que este ultimo tem responsabilidades no Estado de desunião dos brancos, europeus, christãos - a quebra do Imperio. 

Sobre estas questões, é preciso dizer que os catholicos teem provavelmente culpas. O filioque foi promovido pelo Papa de Roma, em desacordo, sem conciliação, com Bizancio. Mas é preciso dizer, se a memoria não me engana, que o "Imperador" Carlos Magno (seria elle imperador, se tinha o concorrente bizantino?) promoveu esta inovação theologica tambem elle. Ou seja, o "imperador" Carlos Magno ajudou a partir o imperio, ao mesmo tempo que o Papa. Note-se que tudo indica que estas inovações foram peores que o polemico Vaticano II. Este ultimo, apesar das suas theses modernas, uniu de facto toda a Egreja Catholica duma forma que podemos talvez chamar canonica, em Concilio. 

É preciso fazer uma "pausa meditativa" sobre o Credo. Um gesto para com os orthodoxos. Mas estes, por sua vez, tem que acceitar a ideia dum Papa "univesal" (nem que venha do Oriente!), e não se afeiçoar excessivamente ao caracter nacional (separatista?) das suas egrejas. O caracter mais missionario, "ultramarino" dos catholicos não é necessariamente negativo e illegitimo. 

Tambem, talvez seja necessario dizer que nunca houve imperio, depois do Romano. A partir do momento em que ha dois polos fortes (Aquisgrão e Constantinopla), não ha, por definição, Imperio. Era preciso arranjar um "supra-imperador" acyma dos dois. Unir a França-Germania com Bizancio-Russia. Ou seja, fazer entrar a Turquia e a Russia na União Europeia!

Mas, se ha rivalidade religiosa entre catholicos e orthodoxos (sem fallar da muito mais forte divergencia com os protestantes), poderá haver reconciliação politica? Ou seja, tem que se acabar com o cisma, que tem talvez culpas partilhadas. Que é como quem diz: "CHICO, VAE À RUSSIA!". E tambem... "CIRILO, AINDA ESTÁS ZANGADO PELO SAQUE DE CONSTANTINOPLA MIL ANNOS ATRAZ. A SERIO?! É PÁ, TU NÃO PERDOAS!"

Para concluir. Ha talvez um problema muito mais importante na reconciliação religiosa: o papel de Sancta Maria. Os catholicos teem uma especial veneração por sua Mãe, e talvez os orthodoxos considerem isto como um exaggero, e mesmo, uma forma de idolatria. Sobre esta questão, é preciso dizê-lo: é muito improvavel, talvez impossivel, que os catholicos "rebaixem" Sancta Maria, depois de a ter enaltecido. E portanto, os orthodoxos deviam fazer um esforço... e perceber que os catholicos sabem perfeitamente que Deus é o Patrão, o que não quer dizer que não ha uma Rainha nos Ceus.  

Os catholicos rezam à sua Mãe para "levar as almas todas para o Ceu, principalmente as que mais precisarem". E o Dostoievski, nos Irmãos Karamazov, imaginava Nossa-Senhora a visitar as almas do Inferno, e a alivia-las. Os barbudos e os queixos-lisos teem que se entender, e conversar. 

AVE CESAR!

CONCILIO DA REUNIFICAÇÃO JA!!!


Sem comentários:

Enviar um comentário