quarta-feira, 11 de setembro de 2024

LOLITA

Vou fallar de Lagos, da família Velhinho e das perseguições que soffre, e do caso Maddie. Não há aqui nada de espantosamente revelador a declarar. Mas há ponctos interessantes, que talvez expliquem certas coisas e mereçam mais investigações.


Até agora não tinha escripto de forma clara sobre essas coisas. Primeiro, porque o tempo não tinha chegado, e depois, porque é bastante perigoso fallar destas coisas: vivemos sob a tutela dum Estado mafioso que faz crimes satânicos, e depois é bem capaz de fazer bodes expiatórios, innocentes – fallando do caso Maddie.


Faz cinquenta annos que esta porca de República persegue os Velhinhos de Lagos. Primeiro, permitiu que o meu avô fosse expropriado por revolucionários, a seguir ao 25 de Abril – a Nautex/Auto Vasco da Gama. Depois, quando elle morreu, impediu-o manhosamente de ser enterrado juncto dos seus familiares, que o tinham creado como paes – os Bandeira. A seguir, durante 20 annos, pôs (e põe!) entraves incomprehensíveis ao meu pae, justificados com pretextos, de forma a que elle não possa fazer nada nos seus terrenos, mesmo do mais modesto e ambientalmente acceitável. Finalmente, nos últimos dez annos, fui eu perseguido – e ainda o sou – pelos envenenadores da psychiatria, que me internam e drogam periódicamente, fingindo acreditar que tenho problemas mentaes. Práctica que eu já contestei judicialmente, sem successo. Além disso sou abafado na Internet, pela gigante technológica Google. E talvez o meu irmão Virgílio tenha tido uma morte violenta.


De há vingte annos para cá, acredito que estas malvadezes têem alguma coisa a ver com o caso Maddie. Mais especificamente, deve haver gente poderosa que associa, sinceramente ou não, os Velhinhos ao caso, e que usa de méthodos “paralelos”, burocráticos, para nos offender, em vez de fazer accusações formaes.


Porque digo isso? Muito simples. O meu pae tinha um bar de prostituição em Lagos, o “Lolita”*, na altura do desapparecimento da creança Maddie. Era além disso muito amigo do Jorge Chaveiro, que tinha outro bar de prostituição – la Luna – em Lagos, nesse tempo. Também havia outro bar de prostituição – o Artista – em Lagos naquella altura, mas não tínhamos relações com elles. (Eu era estudante no ISEG, em Lisboa, se não estou a trocar datas).


Ou seja, a PJ teve forçosamente que investigar estes bares e os seus donos na altura do desapparecimento da menina. Não o fazer seria incomprehensível. Quando acontece qualquer coisa na “zona negra” - um rapto dum bébé, talvez com motivações sexuaes – é natural que se investigue quem vive na “zona cinzenta”: os proxenetas da cidade. Esses negócios dão má reputação e são ilegaes, se bem que tolerados. Quem sabe dizer se este trabalho foi feito é o famoso Inspector Gonçalo Amaral.


Além disso veio mais tarde a trabalhar com o meu pae uma pessoa de nome Luis Ferro. Elle foi investigado na altura, fez testes de ADN como outros fizeram, porque trabalhava no Ocean's Club onde a menina desappareceu, e se a memória não me falha, tinha estado a fazer arranjos no quarto dos Mc Cann pouco tempo antes. Isso pode atrahir suspeitas.


Também descobri uma coisa interessante e um pouco espantosa. Na altura do desapparecimento, um inglez (francez, descendente dum general do Napoleão?) de nome Murat foi inquietado e enxovalhado pela justiça e pela imprensa tabloide. Foi associado ao caso, e posteriormente recebeu uma indemnização choruda na justiça. Tentei descobrir o homem (para fallar de Waterloo...), e a Google deu-me como morada uma firma “Jacinto e Murat” sediada... num prédio da minha irman, herdado do meu avô Bandeira! Ainda não tive tempo de fallar com a minha irman para saber se isto significa alguma coisa, mas vou fazê-lo.


Além disso o Luis Ferro diz, num seu depoimento disponível na Internet, diz que acredita que os ciganos que andavam a rondar a Luz na altura do crime são responsáveis. Ora, há em Lagos uma máfia de ciganos a fazer tráfico de droga à descarada no centro histórico, impunemente, protegidos a nível nacional (mais ainda do que local!). Combatti-os sem successo na câmara e já perguntei se são a mesma família que rondaria a Luz na altura?... Mais, elles são possivelmente a banda que está sediada em Portimão, no bairro das Cardosas (até há uma petição a circular contra a insegurança que elles promovem...). Ora eu tenho uma casa nas Cardosas, que herdei do meu avô. Será que havia alguma ligação entre o meu avô e estes ciganos, e proximidade com o caso Maddie?


De resto, tive um irmão, fallecido na prisão, o Virgílio Velhinho. A sua especialidade eram os furtos e arrombamentos. Até recentemente pensava que tinha morrido de má saúde. Mas, do meio do nada, um habitante de Lagos, o António Reis, que não é maluco mas que é tendencialmente bissexual, veio-me dizer no tom da confidência que o meu irmão tinha sido morto na prisão... Apesar de algumas pressões não consegui mais informações. Mas sinceramente, no poncto de mafiosice em que estamos em Lagos e em Portugal, tudo é possível. Terá alguma coisa a ver esta eventual morte criminosa com o caso Maddie?


O extranho da coisa é que recentemente escrevi uma charta extremamente amigável ao deputado Mendes Bota, começando a desvendar estas coisas, e elle do “meio do nada” respondeu-me de forma hostil e porca. Deputado com passagem pelo Conselho Europeu. Será que há cumplicidades incorporadas no poder ao mais alto nível? Porquê tanta hostilidade?


Repare-se que não estou a acusar nem o meu avô, nem o meu pae, nem o meu irmão, nem a minha irman, nem o Ferro. Acredito-os sinceramente inocentes de crimes graves no âmbito do caso Maddie. Digo simplesmente que estamos a “tourner autour du pot”. Pode haver qualquer coisa de interessante à nossa volta, perto de nós. Talvez sejam simples coincidências, ou talvez haja pistas a estudar. Finalmente, as perseguições que temos soffrido terão provavelmente alguma coisa a ver com a má vontade e os zunzuns que circulam por ahi por causa destas “proximidades”. Se alguém tiver dúvidas, que falle connosco todos, se tiver confiança para tanto. 


No que me diz respeito, vou continuar a fallar do que me appetece, e assumir com coragem a nova responsabilidade que me incumbe: investigar o caso Maddie.

E párem de nos perseguir, seus bandoleiros!



*É admitidamente uma coincidência chocante que o bar se chame Lolita. Segundo a ideia que tenho (não li o livro, nem creio que o meu pae o tenha feito), o romance do Nabokov falla duma menor adolescente. Mas nunca houve prostituição de menores no bar, longe disso. "Lolita" tinha mais o significado de mulher ligeira e fútil, na mente do meu pae. 

Sem comentários:

Enviar um comentário