Intervenção de Outubro 2023

Em Outubro de 2023, intervi na Sessão da Camara Municipal de Lagos, face ao Presidente, que estava presente.

Primeiro, alertei para a situação do Forte da Praia da Batata, que está a dar sinaes de desmoronamento. Pedi que a Camara faça uma intervenção urgente no Forte, antes que a situação piore, e mesmo que seja preciso “pisar a linha vermelha” com obras “prohibidas”, tendo em conta que o forte pertence ao Estado central, e não à câmara.

Segundo, discursei sobre a rua da egreja de São Sebastião em Lagos. Protestei contra o facto de a Camara ter auctorizado a realização, em pleno centro historico de Lagos, de uma casa em estyllo moderno, extremamente feia, com janelas enormes, sem rebordos, sem “salamaleques”, sem belleza em suma: a Casa Sophia. Tambem alertei para a situação da egreja de São Sebastião, que precisa de uma pintura, e está “ao abandono”, e cheia de graffitis offensivos.

Finalmente, relatei o que se passou commigo e com os Bombeiros, em Setembro. Como fui internado, de forma imoral e illegal, por fazer uma greve de fome em frente aos Bombeiros, aquando do terramoto em Marrocos. Tambem mostrei uma petição que fiz circular no manicomio, assinada por uma maioria de utentes, a pedir o fim das violencias do systema psychiatrico: medicação forçada, injecçóes, electrochoques, etc... E pedi que o presidente assuma a defesa das victimas deste systema, de forma publica, usando da sua influencia.

O Presidente da Camara respondeu da seguinte forma:

Quanto ao Forte, há um trabalho para a obtenção de fundos communitarios, para sua reparação.

Quanto à egreja, a situação é identica: procura de fundos communitarios. Simplesmente, não é preciso uma simples pintura, é preciso um reboco da fachada. Ha de se fazer qualquer coisa quanto aos graffitis. E a discordancia de “gostos” quanto à Casa Sophia, que será legitima.

Finalmente, quanto à questáo dos bombeiros, respostas evasivas. O presidente não se disponibilizou para repreender publicamente os bombeiros pela illegalidade que commeteram, nem para assumir uma postura de defesa das victimas do systema psychiatrico, nomeadamente dos tractamentos compulsivos. Apesar das varias occasiões em que o interpelei neste sentido, em varias sessóes de camara, denunciando as violencias de que tenho sido victima, assim como outros no concelho, ao longo dos ultimos septe annos por parte do systema psychiatrico, e que se perpetuam.