sábado, 9 de setembro de 2023

As Joias de Angola

Portugal, como é seu costume, está a baixar as calças perante Angola, no caso da Isabel dos Sanctos. Está a submetter-se excessivamente à pretensão de lucta contra a corrupção das auctoridades angolanas. Pretensão esta que não é completamente sincera.


A verdade é que o João Lourenço tem o processo de corrupção do Manuel Vicente nas mãos há muito tempo, e não faz nada para lhe dar uma decisão satisfatoria. O simples facto do processo andar a viajar dum lado para o outro mostra o estatuto de colonia africana de Portugal (será que o portuguez que faça asneiras em Luanda pode pedir o repatriamento do seu processo para a Europa?).


Alem disso, há de facto uma sanha persecutoria contra a familia dos Sanctos. O facto do João Lourenço, mal chegou ao poder, ter afastado immediatamente todos os familiares do patriarcha (até o apresentador de televisão, se a memoria não falha!), não abona em seu favor. Em tempo normal, há resistencia em attaccar aquelles com quem se trabalhou uma vida inteira, e com quem se tem ligações de sangue e de amizade. A tendencia é pelo contrario para proteger illegalidades...


Finalmente, há a corrupção moral do discurso de regime angolano, anti-colonial, racista e anti-portuguez, que é particularmente ridiculo tendo em conta que o Estado é governado por uma elite de “pretoguezes”, mestiços, mulattos, lusodescendentes, e em suma de colonos “brancos” com origem na Europa, por cyma dos indigenas. Basta ver os nomes de familia (Neto, dos Sanctos, Lourenço). Uma fanfarronice de quem não venceu os portuguezes e seus alliados pretos, e não comandava nenhuma cidade importante antes dos traidores do 25 de Abril lhas entregarem.


Chame-se de volta o processo do Manuel Vicente. Um pouco de Pingue Pongue. Julgue-se a Isabel dos Sanctos em Portugal, de forma humana. É provavel que ella tenha roubado (Africa é Africa...). Mas tambem teve uma actividade empresarial legitima, e merece beneficiar de parte do seu patrimonio. Para concluir, repudie-se com prudencia e coragem a pretensão à superioridade moral dos abrilistas e dos descolonizadores. É uma offensa a todos os brancos que perderam os seus bens, e a todos os pretos leaes que foram lançados para o chaos da guerra civil. Faça-se isto beneficiando e em nome da democracia e da liberdade que os revolucionarios apregoam.



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