Está a ser discutido, com o processo por diffamação que o Mario Machado interpôs contra o Mamadu Ba, se elle é de facto um assassino ou não, no caso da morte do Alcindo Monteiro. A questão é melindrosa, é symbolica, importante para a relação entre portuguezes e creoulos. E se o processo está a demorar tanto, não é por acaso.
A primeira coisa a dizer é que se Mario Machado se sente com confiança para formular um processo destes, sabendo do escrutinio sobre o seu passado que isto vae provocar, é provavelmente porque se considera inocente.
A segunda coisa a dizer é que Cabo-Verde, ao celebrar annualmente o homicida rebelde e traidor Amilcar Cabral, “macta” Portugal constantemente.
A terceira coisa a dizer é que um nacionalista portuguez não se deve alegrar com a morte do Alcindo Monteiro, mesmo que elle fosse preto como carvão. Cabo-Verde é um pouco Portugal, pelos nomes de familia, pelo sangue, e pelo creoulo, que tem uma costella portugueza e outra africana.
O que era bom para Portugal seria Mario Machado estar livre para assumir posições nacionalistas sensatas, e mesmo dar força a Cabo Verde, que vae precisar de ajuda externa para sobreviver, e que será sempre necessariamente um “porta-aviões”.
Ou seja, não seria melhor Mamadu Ba ir passar seis mezes ou um anno na prisão, do que Mario Machado cahir lá, talvez, quinze ou vingte?
Faîtes Vos Jeux!
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