terça-feira, 21 de novembro de 2023

A Batalha de Lagos

Estive em Novembro 2023 no Tribunal de Lagos, a defender-me no caso do meu processo de injecçóes forçadas. A sessão foi intensa. A procuradora, Sonia Fonseca, acabou por me lixar, pedindo que as velhacarias continuem. A juiza, Christina Sousa, quanto a ella foi cordial e deixou-me fallar longamente e apresentar os meus argumentos. Mas no final tambem me enterrou e ordenou a continuação do “tractamento”, sem ter em conta nada do que eu disse.


Primeiro, expliquei que estes chimicos que me forçam em cyma extragaram-me a saude definitivamente, de forma grave.


Segundo, expliquei que isto tudo começou por causa dum simples conflicto politico, e dum incidente domestico banal, que em nada significa uma suposta loucura da minha parte, e que devia ter sido tractado de forma normal na justiça. O processo é, portanto, fraudulento desde a primeira hora.


Referi que já apresentei elementos ao processo que são largamente suficientes para lhe pôr fim. Nomeadamente, o depoimento do meu pae, a tomar partido por mim contra a psychiatria, tendo denunciado as mentiras dos psychiatras, que deturparam as palavras do meu pae, dizendo que elle promovia este tractamento (exactamente o contrario do que elle disse). Tambem, relembrei que enviei um relatorio do medico-psychiatra Nelson Pinto Gomes a defender-me, que foi ignorado. E expliquei que os psychiatras do Estado já me chamaram todos os nomes e todos os qualificativos, o que dá imagem de incoherencia, e passa a ideia absurda que sou completamente chanfrado.


Continuei levantando ponctos de lei, nomeadamente, o facto do Codigo Penal, no titulo “Sequestro” e “Tortura” prohibir detenções arbitrarias e injecçóes de chimicos. O Codigo Penal, que tem nobreza e protege o cidadão, oppõe-se à Lei de Saude Mental.


Prosseguindo, dei explicações quanto a casos de desacatos em que me vi envolvido, e que os psychiatras – armados em juizes – tinham levantado contra mim, tendo-os assumido de cabeça alta, e justificando-os por motivos de força maior.


Finalmente, exortei a juiza a não se fiar na fraude da psychiatria, mas sim na sua propria intelligencia, e naquillo que ella via com os seus proprios olhos em mim.


Affaire à suivre. Como não fui libertado recorrerei para as instancias superiores. E até é bom, porque servirá para defender as victimas do systema, investigando qual a jurisprudencia nacional e europeia, quanto à mafia psychiatrica. Este processo vae tornar-se um embaraço para a justiça portugueza, porque qualquer pessoa honesta sabe que eu náo sou louco, já debatti do thema em todos os foruns publicos (camara, assembleia municipal, e de freguezia), e mesmo que fosse louco, prejudicar-me com chimicos não seria nada menos que fascismo, no peor sentido da palavra. A justiça, ao perseguir-me, faz figura de entidade envenenadora.


PRIMEIRA ADENDA: como Deus até tem sentido de humor, poucos dias depois de publicar este artigo aconteceu uma verdadeira batalha em Lagos, juncto ao Dom Sebastião. Dois alcoolicos conhecidos da cidade, de semblante bonito, começaram à pancada na praça. Durante um bom tempo. No mesmo momento estavam uns hippies a tocar umas bellas musicas, o que agora é prohibido. Passado um momento chega em força a Policia Municipal e a PSP... e o que é que fazem?... Adivinhem! 


SEGUNDA ADENDA: a charta que escrevi ao tribunal, a pedir para ir para a Relação.


9 de Novembro 2023


Exmo Sr Juiz


Processo 545/17.3T8EVR

Relativo a folha 130135416


Fui informado de que o tractamento compulsivo/ENVENEMANENTO de que soffro se vae manter. Lamento esta decisão injusta e burra, que merecia uma resposta violenta, à luz do direito de resistencia inserto na Constituição da Republica. Mas não me admiro com ella, estando habituado a observar a cobardia dos juizes, que se submettem systematicamente a medicos fraudulentos, e que dão força àquillo – a psychiatria – que é principalmente uma censura intellectual e moral que não ousa assumir-se como tal, e uma forma de subtrair o cidadão às garantias do Estado de Direito. Tambem quero aqui dizer que não acredito que o Ministerio Publico agiu de forma livre: pelo contrario, o mais provavel é ter recebido pressões da hierarchia.


Dicto isto, a decisão é o que é. Venho por isso informar que antes de mais nada não me submetterei a ella de livre vontade (mandem a policia, e que se faça um pouco de espalhafate na cidade), e que alem disso, peço para recorrer para a Relação de Evora, como a Lei me permite. O que devo fazer e a quem devo dirigir-me para apresentar os meus argumentos?


Segundo, na folha supra-citada diz-se que “resulta do relatorio medico junto aos autos em 10/10/2023 que o requerido verbalizou ideias delirantes...”. Gostaria de ter accesso a este relatorio do processo, e saber quem é o psychiatra que faz declarações tão determinadas, e sobretudo, quaes são estas famosas “ideias delirantes”. Seria bom discutir se ellas são realmente delirantes, ou se fazem parte da minha liberdade de expressão e de consciencia, sem fallar da possibilidade de estarem de acordo com as opiniões de muita gente.


Mais alem, informo que no meu blogue (sanctanna.blogspot.com) relato todo o processo em curso, todas as immoralidades que a Republica portugueza (anti-portugueza, melhor dizendo) faz contra mim e contra outros a coberto de pretextos psychiatricos. Infelizmente, o Estado portuguez não é uma entidade de bem, e preciso de alertar a opinião publica.


Finalmente, refiro o facto que só em Lagos conheço quattro ou cinco pessoas pacificas e normalmente intelligentes que andam a ser drogadas compulsivamente com injecções. E constato que a justiça da terra não parece estar preoccupada com os ciganos que andam há annos a vender droga mesmo ao lado do Dom Sebastião. Devo concluir que Portugal é um Narco-Estado? Mesmo na Guiné portugueza não vi gente a vender droga na rua. Porque não teem vocês coragem para combatter estas impertinencias?


Saudações psychadelicas, psychoticas, esquizoides, esquizophrenicas e perturbadas da personalidade.


Pedro Velhinho, o Psycho-Turra.



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