terça-feira, 21 de novembro de 2023

Umaro Sirocco Embalou-Me


 

O Presidente da Guiné Portugueza chama-se Umaro Sissoco Embaló. Mas, na brincadeira, podemos chamá-lo Sirocco Embalou-me. Porquê?


Antes de mais nada, é o primeiro presidente muçulmano da Guiné, e está a “embalar” demographicamente os christáos do paiz, com mesquitas barulhentas onde ellas antes não existiam, e com occupações de ruas intimidatorias para orações da sexta-feira.


Depois, embalou o Domingos Simões Pereira, que apesar de ter ganho as ultimas eleições legislativas, não se tornou primeiro-ministro.


Finalmente, embalou todos os grandes, do Macron ao Putin, passando pelo Ti Celito, tendo sido recebido por estes, e tendo conseguido trazer de volta a Guiné ao “concerto das nações”. Depois de muitas confusões, golpes de Estado e guerras civis.


Porquê Sirocco? Porque este é um vento de sudeste. Ora a linha directora da progressáo do Isláo, na Guiné, é mesmo esta: este-sueste contra noroeste christáo de Bissau.


Brincadeiras à parte, da proxima vez que elle vier a Portugal, alguem lhe devia dizer para pôr um travão nas mesquitas, na barulheira dos alto-fallantes, e nas occupações “colonizadoras” e de rabo no ar das ruas de Bissau. Tudo isso cheira a guerra civil, a massacres e a genocidio de inocentes e de mansos. Tambem, se os funccionarios publicos pudessem ser pagos de mez a mez, e não de anno a anno, dava jeito. E claro, os Commandos Africanos teem tanto direito a uma reforma quanto os soldados do PAIGC.


Quanto a Portugal, devia levar os restos mortaes do Marcelino da Mata para a Guiné. Para dar um abbraço amigo aos velhotes – christãos ou muçulmanos – que luctaram por nós e por uma certa ideia de sociedade em que a propriedade privada, a convivencia dos povos e das raças, e a independencia face às grandes potencias eram uma realidade.


POST-SCRIPTUM: UMARO SIROCCO ENRABÓ


O Ti Celito foi à Guiné (anti?)portugueza celebrar os cinquenta annos de independencia do paiz, isto é, as mactanças de soldados portuguezes (de sangue e de ethnias africanas). Esta celebração é uma humilhação para Portugal. Não se festejam derrotas e traições, mas sim victorias. E da parte da Guiné é uma fanfarronice pathetica: quando se deu a independencia, o PAIGC não controlava uma unica cidade do paiz. Tudo lhes foi dado por traidores do genero do Mario Soares. Isto tudo faz pensar na Angela Merkel a ir festejar o desembarque alliado na Normandia. 


Por outro lado, talvez esta seja uma maneira um pouco bizarra e subtil de reconciliação, e das auctoridades guineenses dizerem que estão arrependidas pelo que de peor se passou. O discurso dominante é o que é, mas quem esteve na Guiné sabe que o branco, tanta vez, é tractado de forma principesca. Convidar os portuguezes é uma maneira de dizer perdão sem dizê-lo.


Enfim, o Marcello devia ter ido noutro dia, e perceber que o imperio portuguez, mesmo que tenha nascido da violencia, se tornou legitimo e pacifico com o tempo. Tudo podia ter sido feito de forma mais suave. A independencia podia ter garantido a segurança de brancos e de seus soldados negros, e de grande parte da população negra, leal a Portugal. Quanto a paizes pequenos e frageis como a Guiné, teria sido melhor continuarem sob a protecção de Portugal. Uma solução parecida com a das Caraibas francezas de hoje em dia, onde ninguem se lembra de fomentar organizações armadas.


Vendo o Marcello Rebelo de Sousa e o Antonio Costa chegar a Bissau para levar chicotadas de pretos divertidamente marotos (si le patron baisse le pantalon, pourquoi se priver?), não pode deixar de se pensar que o regime da Terceira Republica vae cahir. Melhor dizendo, que vae ser refundado. O povo, se calhar, não gosta destas coisas, mesmo que não o diga por medo de ser boicotado e qualificado de fascista pelos raivosos do costume.


Se calhar, a relação entre Portugal e a Guiné é sado-masoquista. Antes, Portugal mandava caravellas cheias de virilidade, e agora aceita aviões cheios de testosterona.


O que tinha piada era que os militares fizessem um golpe de Estado a 25 de Abril de 2024, para comemorar os cinquenta annos da Revoluçáo. A Revolução e a descolonização foram grandes tragedias.


Oxalá!

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