Os discurso official de Angola, paralelo ao discurso abrilista de Portugal, é estupidamente anti-portuguez. Suppostamente, antes da independência havia a oppressão – até poderíamos dizer o negrume, se quiséssemos ser picantes – mas depois duma gloriosa lucta de libertação nacional fez-se luz e voltou a gozar-se a liberdade, correndo com os portuguezes.
Este discurso é completamente ridículo, porque quem manda em Angola são os portuguezes. Os pretoguezes, melhor dizendo. Os mulattos. Os mestiços. Os cafés-com-leite. São elles que herdaram o poder. Não o conquistaram pelas armas, que em 1974, as guerrilhas do MPLA e da UNITA não controlavam uma única cidade de importância. Herdaram-no dos traidores da laia do Mário Soares. No fundo, nas alturas do poder, a guerra de Angola foi uma lucta entre portuguezes brancos e portuguezes racizados, com os coitados, e mesmo os burros dos índigenas, a servirem de carne para canhão para um lado ou outro. Quem manda nos indígenas é uma classe indigna de colonos europeus, impostores que conseguem enganar as ethnias autóchtones porque têem pelle negra.
Os pretoguezes que mandam em Angola offendem Portugal, ou seja as suas origens raciaes brancas, ao glorificarem systemáticamente a lucta armada, assim como os roubos e crimes hediondos que provocou. São o pendente africano dos palhaços tristes que cospem sobre o Salazar em Portugal. E depois qual é a glória de fazer cahir o seu paiz em décadas de guerra civil, com as mortes e o colapso civilizacional que isso implica? O que é que trouxeram a Angola que não podia ter sido feito pacíficamente sob o Salazar? E alguém vae mesmo acreditar que os mulattos eram opprimidos no outro tempo, e não super-promovidos face aos indígenas? Pretos burros e arrogantes!
Mas ninguém acredite nestas palavras que revelam a natureza do poder angolano sem espírito crítico. Veja-se o nome dos ministros de Angola, e constate-se que são quaze exclusivamente descendentes de europeus.
Guerra: João dos Sanctos
Interior: Eugénio Laborinho
Relações Exteriores: Tété António
Administração do Território: Dionísio da Fonseca
Justiça: Marcy Lopes
Finanças: Vera de Sousa
Planeamento: Victor Guilherme
Cultura: Philippe Silvino de Pina Zau
Trabalho: Theresa Dias
Agricultura: António de Assis
Pescas: Carmen Neto
Indústria: Rui de Oliveira
Recursos Mineraes: Diamantino Azevedo
Transportes: Ricardo de Abreu
Energia: João Borges
Telecommunicações: Mário Oliveira
Turismo: Mário Daniel
Obras Públicas: Carlos dos Sanctos
Ensino Superior: Maria Bragança
Educação: Luísa Grilo
Saúde: Sílvia Lutucuta => Uma indígena, a única.
Família: Ana Neto
Ambiente: Ana Carvalho
Juventude: Rui de Andrade
Sem fallar dos Presidentes da República: Agostinho Neto, José Eduardo dos Sanctos e João Lourenço.
Este circo só é possível porque os farsolas portuguezes nunca disseram as verdades que doem aos angolanos nos últimos cinquenta annos.
Enquanto o Regime angolano não repudiar as suas balelas históricas, forma simplesmente um amontoado de vendidos, de cobardes, de corruptos e de traidores.
Palhaços Tristes!
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