domingo, 30 de junho de 2024

Comediantes Mulattos

Os discurso official de Angola, paralelo ao discurso abrilista de Portugal, é estupidamente anti-portuguez. Suppostamente, antes da independência havia a oppressão – até poderíamos dizer o negrume, se quiséssemos ser picantes – mas depois duma gloriosa lucta de libertação nacional fez-se luz e voltou a gozar-se a liberdade, correndo com os portuguezes.


Este discurso é completamente ridículo, porque quem manda em Angola são os portuguezes. Os pretoguezes, melhor dizendo. Os mulattos. Os mestiços. Os cafés-com-leite. São elles que herdaram o poder. Não o conquistaram pelas armas, que em 1974, as guerrilhas do MPLA e da UNITA não controlavam uma única cidade de importância. Herdaram-no dos traidores da laia do Mário Soares. No fundo, nas alturas do poder, a guerra de Angola foi uma lucta entre portuguezes brancos e portuguezes racizados, com os coitados, e mesmo os burros dos índigenas, a servirem de carne para canhão para um lado ou outro. Quem manda nos indígenas é uma classe indigna de colonos europeus, impostores que conseguem enganar as ethnias autóchtones porque têem pelle negra.


Os pretoguezes que mandam em Angola offendem Portugal, ou seja as suas origens raciaes brancas, ao glorificarem systemáticamente a lucta armada, assim como os roubos e crimes hediondos que provocou. São o pendente africano dos palhaços tristes que cospem sobre o Salazar em Portugal. E depois qual é a glória de fazer cahir o seu paiz em décadas de guerra civil, com as mortes e o colapso civilizacional que isso implica? O que é que trouxeram a Angola que não podia ter sido feito pacíficamente sob o Salazar? E alguém vae mesmo acreditar que os mulattos eram opprimidos no outro tempo, e não super-promovidos face aos indígenas? Pretos burros e arrogantes!


Mas ninguém acredite nestas palavras que revelam a natureza do poder angolano sem espírito crítico. Veja-se o nome dos ministros de Angola, e constate-se que são quaze exclusivamente descendentes de europeus.


Guerra: João dos Sanctos

Interior: Eugénio Laborinho

Relações Exteriores: Tété António

Administração do Território: Dionísio da Fonseca

Justiça: Marcy Lopes

Finanças: Vera de Sousa

Planeamento: Victor Guilherme

Cultura: Philippe Silvino de Pina Zau

Trabalho: Theresa Dias

Agricultura: António de Assis

Pescas: Carmen Neto

Indústria: Rui de Oliveira

Recursos Mineraes: Diamantino Azevedo

Transportes: Ricardo de Abreu

Energia: João Borges

Telecommunicações: Mário Oliveira

Turismo: Mário Daniel

Obras Públicas: Carlos dos Sanctos

Ensino Superior: Maria Bragança

Educação: Luísa Grilo

Saúde: Sílvia Lutucuta => Uma indígena, a única. 

Família: Ana Neto

Ambiente: Ana Carvalho

Juventude: Rui de Andrade

Sem fallar dos Presidentes da República: Agostinho Neto, José Eduardo dos Sanctos e João Lourenço.


Este circo só é possível porque os farsolas portuguezes nunca disseram as verdades que doem aos angolanos nos últimos cinquenta annos.


Enquanto o Regime angolano não repudiar as suas balelas históricas, forma simplesmente um amontoado de vendidos, de cobardes, de corruptos e de traidores.


Palhaços Tristes!

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