Houve na Guiné um soldado do PAIGC, que luctou contra os portuguezes: Nino Vieira. Depois, assumiu funcções políticas no paiz, chegou à Presidência do Estado, esteve envolvido na guerra civil e finalmente morreu despedaçado pelos seus soldados.
Era preciso julgar os assassinos do Nino Vieira, mas com ponderação e justiça, e tendo em conta tudo o que fôr atendível. Note-se que o Nino Vieira, apesar de ter combattido os portuguezes, também acabou com os fuzilamentos de Comandos Africanos. Não é mau de todo, e merece ser relembrado com equilíbrio. Por outro lado, nas Forças Armadas da Guiné, há provavelmente uma preponderância de balantas, minoria um pouco odiada, parvamente odiada como o eram os portuguezes, mais porque manda do que por fazer muito mal. O jogo democrático - de que Nino Vieria era o resultado - pode ser muito anti-balanta e muito anti-christão, e face a isso, face à possibilidade de destruição, o golpe de Estado torna-se uma possibilidade legítima. Portanto uma pessoa não pode tomar partido caninamente contra qualquer golpe de força.
Julgue-se!
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