segunda-feira, 13 de maio de 2024

Murray Rothbard em Olivenç/za!

Para começar: Olivença pertence a Portugal! Foi um roubo que os hespanhoes, cynicamente, fizeram aos portuguezes, com a ajuda e o pretexto dos francezes, salvo erro. Como Portugal é pequenino e fraco, levou. Mas nunca reconheceu a occupação em tractado de paz. Juridicamente, é portuguez, do mesmo modo que é o Forte de São João Baptista de Ajudá, e talvez qualquer coisinha em Cabo Verde...


Por outro lado, é preciso ter em conta o que dizia o Murray Rothbard, que era um anarcho-capitalista opposto ao Estado. Dizia elle que o Estado é uma máfia, um corpo parasita que vive à custa da sociedade: basta para perceber isso aplicar-lhe os mesmo princípios que se impôe aos civis nas suas relações interpessoaes. Nestas circunstâncias, não é necessáriamente muito relevante quem manda em determinada área geographica, se o bandido João ou o gangster Juan. Além disso, a guerra é a maior das offensas ao povo e à liberdade. O Estado ganha uma força desmedida na guerra, e offende brutalmente a liberdade não só do inimigo, como do “seu” próprio povo, que sustenta o esforço de guerra. 


Na verdade, não se pode seguir completamente esta theoria. Cada terra terá sempre um soberano, enquanto houver peccado no mundo. Mas é preciso dar attenção às intuições do liberalismo.


Isso tudo, aplicado a Olivença, significa que seria absurdo fazer guerra militar a Hespanha. Para já perdíamos, e depois, Olivença era destruida. A minoria portugueza da cidade era morta... por soldados portuguezes. Mas pode-se fazer guerra sensata: trabalhando dentro do systema político e judicial vigente. É preciso enrolar Hespanha nas leis de Portugal, nas suas próprias, nas da Europa, e se fôr preciso das Nações Unidas. 


Pode-se barrar a entrada a hespanhoes (não a hespanholas...) em Portugal.

Pode-se deportar os que cã vivem.

Pode-se sequestrar ou nacionalizar as suas propriedades.

Pode-se processar o Alcaide de Olivença, e mesmo o Rei de Hespanha.

Pode-se arranjar uma coligação na Europa, e fazer embargos ao commércio.

Enfim, haja imaginação e prudência.


Dicto isto, dois ponctos.


Primeiro, para Olivença, proponha-se um plano amigável que seja positivo tanto para os castelhanos como para os portuguezes da cidade. Não o regresso a Portugal, mas a independência, como cidade livre e mixta, governada por dois conselhos ethnicos, e com conselheiros nomeados por Lisboa e Madrid. Um bilinguismo na administração, nas escholas e na toponímia (é preciso cultivar a especificidade ethnica dos portuguezes da terra): Olivença-Olivenza. Uma espécie de Andorra. Pense-se em dar a possibilidade ao futuro rei de Portugal, a partir da adolescência, de ganhar experiência na cidade, emquanto não assume o throno em Lisboa. E já agora, faça-se na planície da alcadia o “Forte Rothbard”, o depósito de metaes preciosos do Banco Central Europeu (e assim, os grandões da Europa preocupavam-se em que não houvesse um conflicto parvo na villa: “Rendez-nous l'Alsace et la Lorraine”/14-18). O Rothbard foi o grande especialista da moeda e da banca no século XX, um inimigo do império americano, e gostaria da ideia dos europeus tirarem as suas propriedades de ouro da Federal Reserve.


Segundo e finalmente, temos mais que nos coçar do que Olivença. Temos que resolver todos os problemas com Hespanha. Para já, o Douro, o Tejo e o Guadiana não deviam ter barragens no curso principal. É anti-ecológico e Portugal é que fica a secar. Depois, temos que gostar de Hespanha, porque se ella cahir, nós cahimos a seguir. Ou seja: não ao aborto, à homossexualidade, ao divórcio à la carte, ao feminismo louco, às mutilações sexuaes, à immigração africana. E Francisco Franco Bahamonde volta para Valle de Cahidos – não devia ser controverso, já que também lá são honrados os vencidos da guerra civil. Finalmente, não se perdia nada em fechar a central nuclear perto de Portugal.


Está na altura de Portugal ser um pouquinho teimoso.

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