O systema psychiatrico é das coisas mais perversas que há em Portugal. Uma máfia tenebrosa de envenenadores, de carrascos, de mutiladores.
Eis o que concluo, de mais de uma dúzia de internamentos, e do contacto com talvez cem a cento e cinquenta internandos, e de ter recebido cerca de setenta injecções. :
Só há talvez um ou dois por cento das pessoas que está violento e agitado, e que precisa de ser contido physicamente. Nestas occasiões, a maior parte do tempo sossega em poucas horas. Ha talvez dois ou trez por cento das pessoas, menos em verdade, que ouvem vozes. Ha um ou outro individuo em estado vegetativo, incapazes de se sustentar, excepto quando chega a hora da paparoca. A maioria das pessoas está internada por desacatos banaes julgaveis em tribunal, ou então por ter halucinado temporariamente por consumir drogas. Certas pessoas sentem-se mal, deprimidas, têem crises de angustia. Ou seja, loucos, há muito poucos. Gente que diz coisas absurdas sem sentido, practicamente nenhuma (nunca vi uma única!).
Quaes são os crimes da psychiatria: internamentos abusivos e eternos; electrochoques, injecções-tortura, medicação forçada, lobotomias, ambulatório compulsivo. Tudo isto vem na lei, e é aplicado incidentemente como perseguição política a dissidentes (muito mais do que na Rússia, provavelmente). Tudo isto tem que ser reformado, ou seja, acabar-se definitivamente. O “doente” deve ser apresentado systematicamente ao juiz para se defender, e não ser internado sob o mandato dum juiz inspirado pelo simples relatório aldrabão dum psychiatria. Internamentos de longo prazo devem ser aprovadas por uma maioria de dois terços da Assembleia Municipal de residência, para que não haja perseguições de simples facções políticas. E o ambulatório compulsivo não deve ser chimico, deve ser um simples diálogo de contenção e de controlo, limitado no tempo.
Os Envenenadores no Campo de Concentração!
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