Em Abril 2023, intervi na sessão da Camara Municipal de Lagos, face ao Sr Presidente Hugo Pereira.
Referi o caso da “Jana”, uma louca dos paizes de Leste que anda a dormir na rua, e que precisava de ser transferida para um lar onde se occupassem della: alimentação, cama e roupa lavada.
Fallei do caso do Zé Amilcar “das barbas brancas”, de Lagos, que anda ha annos a ser desnecessariamente obrigado a levar injecções pelo systema judicial e psychiatrico, e que precisa de um pouco de apoio judicial da Camara para se livrar desta humilhação. Referi alem disso, e nisso tambem interviu juncto das auctoridades o politico Antonio Santos, que o Zé Amilcar precisa de apoio social, porque não tem agua quente, luz e machina de lavar em casa, sendo velho de mais para trabalhar intensamente.
Finalmente, fallei das vilanias que os psychiatras me andam a fazer ha mais de meia-duzia de annos, incentivando o Sr Presidente a intervir a meu favor.
Alem disso, intervi na Sessão da Juncta de Freguezia, face ao Presidente (de Juncta) e aos deputados, tendo feito o seguinte discurso:
Senhores Deputados...
O systema psychiatrico portuguez é absolutamente mafioso e deshonesto. Viola os principios christãos da Direita e os valores humanistas da Esquerda, nomeadamente uma certa noção dos Direitos do Homem.
Primeiro, noventa por cento dos que estão nos manicomios não são loucos, nem sequer soffrem de anomalia psychica grave, como a lei exige. São geralmente pessoas que se viram envolvidas em pequenos casos de policia: brigas, protestos e vandalismos. Casos banaes que podiam ser resolvidos nos tribunaes, ou com umas correcções “paternaes” da policia. Os que de facto desvariam mentalmente, voltam rapidamente à normal, naturalmente e sem medicação, ou então são, raramente, pessoas em estado vegetativo que é impossivel tirar da sua apathia. Ou seja, os psychiatras mentem descaradamente aos juizes para justificar as violencias que impingem ao povo.
Estas violencias consistem na medicação forçada, varias vezes ao dia, nas injecções compulsivas, nos electrochoques, nas lobotomias, na alimentação forçada dos grevistas de fome, e nos tractamentos perpetuos em ambulatorio compulsivo. Tudo crimes injustificaveis, que levam ao desespero, ao suicidio, ou à revolta violenta e perfeitamente comprehensivel, que é reprimida com o arbitrario das detenções infinitas soffridas pelos pseudo-inimputaveis.
Toda esta medicação não cura nada e produz graves problemas de saude (castração, convulsões e diminuição das capacidades cognitivas entre outros). Entra-se bom no manicomio e sae-se de lá doente. Por vezes, completamente quebrado.
O systema psychiatrico é tambem um instrumento hypocrita de perseguição politica: a censura, a Inquisição e a tortura, sem assumi-los.
As poucas garantias de recurso dos internandos não funccionam. É dificil acceder a advogados e recorrer. É preciso encontrar pareceres contradictorios de psychiatras, que não o fazem, que se protegem todos, porque todos teem crimes no cartorio (e que custam caro!...). E os magistrados, apesar da Lei e da Constituição lhes dar independencia e soberania sobre os psychiatras, nunca contradizem frontalmente as aldrabices dos medicos. Por timidez, burrice e immoralidade.
Senhore deputados! Luctem contra a policia, contra o tribunal, contra os bombeiros, contra o hospital. Carreguem peso às costas e endireitem Lisboa. Acabemos com a medicação forçada, injecções compulsivas, lobotomias, electrochoques, alimentação forçada, immobilizações desnecessarias. É sufficiente deter as pessoas duas ou trez semanas, quando desvariam.
Quanto aos incapazes effectivos, o seu caso devia ser apreciado por uma tripla protecção: medico, juiz e maioria de dois terços da Assembleia Municipal, com apresentação obrigatoria e presencial do internando.
Defendam os seus administrados victimas de perseguições. Nomeadamente às mãos do enfermeiro Bruno, do Dr Orlando Tur e do juiz Bravo Negrão. Que vos suba a mostarda ao nariz. Ja chega de javardice. Se a psychiatria não é fascismo, não sei o que é.
Gloria ao Christo
...
E assim se terminaram as minhas intervenções de Abril. Da proxima ha mais.
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