sábado, 24 de junho de 2023

O Bloco de Sancta Catharina

 


A diplomacia portugueza devia fazer um pouco de costura em Cabo-Verde e na Guiné. Devia trabalhar para reunifica-los. Ou seja, ironicamente, cumprir o projecto do Amilcar Cabral.


O Amilcar, a verdade seja dicta, foi um tonto. Se o objectivo era a união dos dois pequenos paizes, não fazia sentido attaccar Portugal. Porque de facto, quando Portugal mandava, elles estavam unidos. Sob a sua auctoridade!


Tanto Cabo-Verde como a Guiné estão em perigo. Estão às portas do gigantesco “Caliphado”. E como se vê no Mali ou no Burkina Faso, elle deixa tudo a arder pelo djihade. Pela immigração, pelo terrorismo, pela politica, pela guerra civil ou mesmo pela guerra entre Estados – tenhamos lucidez para ver as possibilidades de longo prazo – as communidades christans, e mesmo as populações muçulmanas mais pacificas, arriscam-se a ser mortas e escravizadas pela face negra do Islão.


Para contrabalançar isto, os pequenos enclaves christãos precisam de união. E precisam do apoio tacito dos brancos, se chegar a hora de partir umas nozes, para as auctoridades constituidas: pena de morte, tortura, fecho de mesquitas, deportações, massacres de populações cumplices, combattes, attaques nucleares.


Para terem o apoio do branco, precisam de repudiar o Amilcar Cabral. Os creoulos teem que perceber que descendem do branco, pela via paternal. Teem que ver que é indigno offender o “pae” Portugal com cabralismo, e abandonar a “mãe” Africa, no momento em que ella enfrenta uma lucta pela sobrevivencia. Alem de indigno, este isolamento é fragil: a confusão vae chegar a Cabo-Verde mais tarde ou mais cedo.


Os indigenas teem que controlar os maus sentimentos contra o cabo-verdeano, mesmo se é um boccado “branco”. Se elle assume posições de liderança, pelas suas qualidades intellectuaes ou profissionaes, tal deve ser respeitado.


Faça-se uma “federação militar”, um “BLOCO”, entre os dois paizes. Em que cada communidade historica – portuguezes, creoulos, e indigenas das varias ethnias – tenha uma posição reservada. Uma especie de federação ethnico-confessional à libaneza, com capital na antiga capital imperial: Bolama. Sobretudo, em que se mantenham controlos fronteiriços quanto a movimentos de população-migrações: os cabo-verdeanos, que fazem “poucos” filhos, e que teem um maior nivel de desenvolvimento do que a Guiné, e mais sossego institucional, não querem ser invadidos por barcos de gente vista como selvagem. Que a mixtura do “BLOCO” seja simplesmente da estrutura de poder: administradores e soldados.


Os christãos precisam de conter os musulmanos. Os balantas precisam de carregar forte e feio. E os pequenos precisam de resistir aos gigantes: Senegal, Guiné Franceza e Marrocos. Uma união dos dois pequeninos, e o apadrinhamento de Portugal e da Europa, supondo que são capazes de se enrijar elles proprios na politica migratoria, seria a comprehensão desta necessidade. E mesmo ahi, por razões geographicas e demographicas, a situação seria dificil, e possivelmente insoluvel. Nem que seja porque é dificil abastecer um paiz só por via maritima. É uma possibilidade o desapparecimento dos mansos, do seu exilio definitivo para o extrangeiro, depois das mactanças. Mas mesmo que este dia chegue, valle a pena luctar enquanto se pode. Tudo tem um fim, mas até lá batalha-se, que valle a pena viver a vida!


Portugal pode trabalhar neste sentido, se chegar ao poder uma geração nacionalista e christan. E por muito que custe a acceitar a alguns que a colonização magoou, ha muita gente, nestas terras, que olha com saudade para Portugal. O Portugal de outros tempos, mais sensato, mais decente.


MAMA SUME

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