quinta-feira, 22 de junho de 2023

Palestina...

Viva a Palestina!

 

Este artigo tem por objectivo, modesto e perfeitamente realizavel, trazer uma solução definitiva, justa e pacifica ao conflicto israelo-palestiniano.


Constata-se na Terra Sancta que estão duas ethnias, ou tribos, à lucta: os hebreus e os arabes. São globalmente coincidentes com duas confissões antagonicas: o Judaismo e o Islão. A Entidade Sionista e a Entidade Caliphal. (Os christãos, quanto a elles, estão à espera da sua hora, sorrateiramente.)


Os judeus consideram que o Islão é uma religião immoral e perigosa: uma fé de conquistadores crueis e fanaticos. E os muçulmanos, simetricamente, consideram a fé dos seus “parceiros” como materialista, escravagista e racista. Não ha amizade e respeito. Ha medo de parte a parte. Não dá para “lâcher du lest”. Cada um vê o futuro dos seus filhos com apreensão, e considera uma indignidade para com o seu sangue fraquejar. E as forças externas à Palestina, em bom rigor, não se enthusiasmam necessariamente por um lado ou outro, porque pensam que são ambos maus.


Israel é, objectivamente, um Estado de apartheid. Peor que o apartheid boer: na Africa do Sul, os brancos não andavam systematicamente a roubar as terras dos pretos, e reconheciam-lhes bantustãos com administração propria, liberdade para circular e fazerem as suas casas e actividades. Queriam sobretudo mantê-los à distancia das zonas brancas. Tambem não estavam motivados por ambição territorial religiosa, como o são muçulmanos e judeus relativamente a Jerusalem.


Por outro lado, “apartheid” é uma palavra-papão. Mais uma das tretas do systema mediatico. Toda a gente quer apartheid! Cada vez mais, pelo mundo inteiro, os povos querem ter o seu espaço vital (ja mein Fuehrer!), onde imponham a sua cultura, donde os extrangeiros sejam excluidos, e que lhes reserve o accesso ciumento às mulheres da tribo. Os judeus teem um apartheid um pouco dominador, visto que dominam as areas de dominação arabe. Estes por sua vez tambem tambem querem apartheid: não querem perder tempo nos check-points de Tsahal, não querem judeus ao pé delles. E se puderem expandir o Caliphado até Tel-Aviv (ou Compostella), ainda melhor.


Isto significa que a solução dos dois Estados pode parecer acertada. Mas não é. Sem a “Cisjordania”, Israel seria muito fragil. Bastaria pôr um pouco de artilharia em Jerusalem para ameaçar Tel-Aviv, e causar nova guerra em que Israel teria que reconquistar tudo até ao rio Jordão, ou enfrentar o exterminio. E depois, Israel conquistou militarmente todo o paiz, enfrentando grandes obstaculos. Pode não ser moral, mas é nobre, viril, corajoso, no sentido guerreiro da palavra. Quer dizer qualquer coisa! Alem disso, os proprios arabes querem ter uma palavra a dizer sobre todo o territorio, até ao mar. É de là que foram corridos, é a terra dos seus antepassados.


Dois Estados não é solução, portanto. É suicidario e desnecessario: viu-se na Africa do Sul, terra extremamente racista e insegura, que os interesses vitaes legitimos dos brancos não foram assegurados com a democratização multiracial. Dois Estados, é feio: duas caganitas territoriaes com formas bizarras. Tambem, um Estado com supremacia judia, ruim ainda por cyma, a situação presente, nunca será aceite por ninguem um pouco justo ou orgulhoso. Especialmente nos tempos modernos de democracia, republicanismo, egualitarismo, universalismo e Direitos do Homem. E Internet para mostrar tudo o que se passa!


Será que, acceitando o principio do “Estado Unico”, mas repudiando a oppressão actual, se tem necessariamente que defender o principio do “um homem-um voto”? Não! Tambem é um caminho suicidario para os judeus, tendo em conta que os arabes são maioritarios, e cada vez mais numerosos e prolificos. Um parlamento eleito nesse systema deixaria de se chamar Knesset, e passaria a ser o Majlis! Ou seja, os judeus perderiam o controlo sobre o seu destino. O Estado nem teria uma lingua de funcionamento: teria duas, ao mesmo tempo, o arabe e o hebreu, com a primeira a impôr-se à ultima. As instituições, nomeadamente a policia, a justiça e as forças armadas, ficariam logo cheias de arabes que fechariam os olhos sobre os crimes que terroristas e racistas cometeriam contra os judeus.


Uma nação precisa duma saudavel dose de liberdade, e dum pouco de egualdade. Se bem que, admitidamente, estes conceitos estejam sempre um pouco em confronto. Os arabes e os hebreus precisam de liberdade para viver em segurança a sua cultura e a sua lingua, para estarem seguros no seu sangue. Precisam de defender as suas diferenças. Por outro lado, só pode haver respeito mutuo com um pouco de egualdade. Tem que haver um estatuto, à luz da lei, que não faça dos arabes sub-homens sujeitos a humilhações, nem dos hebreus dhimmis de assassinos islamistas. Cada um tem que ter uma voz a dar no “Systema”, para fazer bem ao ego: egualdade de liberdade, e liberdade apesar da egualdade!


O que fazer portanto?


Pode-se imaginar um Estado bi-nacional, com um parlamento bicameral, bilingue: em hebreu e arabe. Todos os hebreus da Terra Sancta votariam no Knesset, e todos os arabes, onde quer que vivessem dentro do paiz, votariam no Majlis. As leis, para ser aprovadas, e para maior segurança dos dois povos, teriam que ser aprovadas por dois terços de cada camara.


Depois, e sem querer ser provocador, o paiz precisa dum Verdadeiro Apartheid, dentro de fronteiras. Ou seja, os hebreus precisam de ter o seu “Israel-propriamente-dicto” em que são maioritarios (a Oeste de Jerusalem), e em que não deixam entrar arabes decapitadores. E os arabes precisam de ter o seu “arabistão”, a “Cisjordania”, donde os judeus são mantidos à distancia, e não fazem roubos e violencias collectivas. Um pouco de “amizade à distancia”, portanto. Ninguem disse que tem que haver liberdade de circulação por todo o territorio: só traz “chatices”, ou seja, massacres. Ironicamente, é preciso tirar do chapeu conceitos como o “Sangue e a Terra” dos allemães...


Que nome dar a este paiz? “Israel” não pode ser acceite pelos arabes. Tem mesmo de se chamar Palestina. Mas no sentido geographico do termo, a antiga provincia do Imperio Romano. Neste significado, tanto os hebreus como os arabes seriam palestinianos! É um nome que pode agradar a gregos e troianos. Os hebreus poderiam continuar a chamar Israel ao seu “cantão” maioritario, e ter uma bandeira com a cruz de David. E os arabes podiam dar outro nome ao seu “cantão”. “Cisjordania” é feio. Porque não “Samaritana” (o homem bom que ajuda os necessitados), com uma azeitona na bandeira? A verdade seja dicta, a actual bandeira da Auctoridade Palestiniana é feia. Parece um trapo revolucionario do pós-guerra. Nenhum homem conservador (e não o são os arabes?!) deve afeiçoar-se muito por ella.


Qual seria a bandeira da Palestina? Ahi teria que se fazer um piscar de olhos aos hebreus. Seria a bandeira de Israel, mas sem a cruz de David. Ou seja, duas bandas azuis – do mar Mediterraneo até ao rio Jordão – sob fundo branco. É bonito, é neutro, e pode ser acceite por toda a gente.


A capital do paiz seria Jerusalem. Mas teria que ter um estatuto autonomo. Uma cidade-tampão entre judeus e muçulmanos, cujo alcaide não pertença a estas confissões, por lei. Um christão, idealmente.


A Palestina teria um exercito commum aos dois povos e pouco mais. De resto, cada um viveria tranquillo no seu “cantão”: haveria fronteiras internas. Uma especie de Suiça, em mais segregado ainda, em suma! Nesse paiz não ha grandes problemas entre catholicos e protestantes, apesar das velhas guerras.


Na verdade, um tal plano seria mais favoravel aos arabes do que o status quo actual. Os judeus podem compreensivelmente temer tal desenvolvimento. Mas enfim, deviam ter pensado nisto antes de se metterem num oceano de arabes, e de violenta-los. Contra esta realidade demographica não ha salamaleques institucionaes e militares que valham.


Mas é preciso ver que mesmo se ha um “Islão-que-avança”, tambem ha simplesmente um arabismo pacato, que precisa do seu lebensraum. O Fatah mais do que o Hamas. E no fundo, esse “Fatah” é suficientemente razoavel para reconhecer a segurança dos hebreus. E, apesar de ser meio submisso às auctoridades israelitas, tem força de mobilização suficiente para lhes exigir grandes concessões. Um dia esta gente toda vae sahir à rua!


As minorias religiosas do Libano, da Syria, da Jordania e do Egypto estão relativamente protegidas. E até protegidas dellas proprias, sob a tutela da mesquita: wokismo e outros delirios decadentes do genero não podem lá imperar! Não é que não haja um pouco de medo do gigante sunnita, mas a coisa está relativamente controlada. Na Palestina bi-nacional, segregada, os judeus estariam ainda mais protegidos.


Põe-se agora a questão de quem mandaria na Palestina? É preciso uma auctoridade. Mas tem que ser benevolente, amada e amavel. E logo a partida isto exclui os actuaes talmudistas, assim como revanchistas islamicos... Por isso, pode-se imaginar um Chefe de Estado christão. Um arbitro entre communidades, um juiz supremo de apelação ultima nos conflitos entre cidadãos e communidades. Esse chefe, e as instituições supremas que regeria – forças armadas e justiça – poderia funccionar com o aramaico: a lingua de Jesus-Christo!


Tambem, conviria que o “Arbitro” tivesse força suficiente para governar e cortar nós gordios. Ou seja, teria que se pensar na monarchia hereditaria.


Em materia de politica extrangeira, é preciso normalizar as relações com a vizinhança. Paz com o Libano, com a Syria, com o Irão. As minorias religiosas da região – chiitas, alauitas, christãos e judeus – estão tacitamente unidas na resistencia ao sunnismo.


Quanto a Gaza ha que tira-la de miseria de uma vez por todas. Mesmo que seja preciso fazer uma guerra a serio. Engoli-la de novo seria perigoso para os judeus (ja teem muitos arabes por digerir). Então é preciso “afasta-la” definitivamente. Ou seja, integra-la no Egypto, para que os seus habitantes se tornem cidadãos dum Estado forte e viavel, mas em paz com os israelitas. É só esperar um pretexto: meia duzia de foguetes.


CONCLUSÃO


O presente é arabe, quanto mais o futuro. No Monte de Jerusalem está a Mesquita de Al-Aqsa, e não o Terceiro Templo. Os judeus devem deixar de ser chico-expertos com o seu padrinho e protector christão e com o seu vizinho muçulmano. Não devem, no Occidente, defender perversões sexuaes e immigracionismo que não querem para Israel. Devem reconciliar-se com Jesus. É Elle o Messias, que esperam. Elle ja veio. Quanto aos arabes, apesar da dureza do Islão, é preciso garantir-lhes um espaço de tranquilidade, e uma medida de dignidade. O que pode proteger os judeus não são principalmente as armas, mas uma certa amizade dos seus vizinhos. Vão ter que ganha-la.


Dos muçulmanos, pede-se que façam um pouco de auto-critica. Que sejam capazes de respeitar a Regra de Ouro. Que não se enthusiasmem tanto pelo gravoso terrorismo, e que não sigam o Alcorão de forma literal.


Como chegar là? Primeiro, mandar um Kamov dos bombeiros portuguezes para cyma de Jerusalem, com um padre a bordo, para baptizar esta gente toda. Não é necessario um muçulmano ou um judeu converterem-se a Christo. Até podiam tornar-se buddhistas. Mas é logico fazerem-no, se começam a repensar as suas convicções!


Se não chegar, ha uns quantos judeus e muçulmanos no Occidente. Podemos tomar refens...


Finalmente, como chamar este “Coiso” bi-nacional, bi-cameral, tri-lingue, tri-confessional, monarchico e arbitral?...


LE MÉNAGE À TROIS!


Vou ali buscar as pipocas e ja volto. Boa sorte e divirtam-se.

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